terça-feira, outubro 07, 2008

CORAGEM PARA MUDAR, TRANSFORMAR, METAMORFOSEAR

Ser o autor da sua própria história...
O que é que faz com que uma pessoa esteja profundamente infeliz com certas circunstâncias e não tenha coragem para mudar o rumo da sua vida? Em que momento esquecemos que somos os criadores da nossa realidade, os artesãos dos nossos tecidos, os cozinheiros da nossa própria comida? Quando é que deixamos de ter fé, de acreditar em nós próprios? Se olharmos em redor é difícil não vermos a quantidade de pessoas infelizes com a vida que levam. O trabalho que não gostam e no qual não se sentem realizadas, o sonho da qual abdicaram e deixaram de acreditar, a relação amorosa infeliz e as contínuas desilusões com as pessoas que irrisoriamente se tenta mudar, os problemas e recalcamentos com os pais, o não saber lidar com os filhos, desavenças com amigos, tensões com desconhecidos, problemas financeiros, a necessidade incontrolável e crescente de consumismo e alienação da realidade, a falta de amor-próprio, a raiva acumulada, a inveja, a ganância, as depressões tratadas superficialmente com comprimidos, as mentiras e falta de sinceridade e transparência, a moldagem dos media, o peso controlador, castrador e limitado da sociedade, o mundo supérfluo da aparência e da imagem, a pobreza, a castração... a lista é interminável.... E, na verdade, basta simplesmente olharmos para o lado e mesmo, quem sabe, para nós próprios. O modo como encobrimos o sol com o nevoeiro, a profundidade com a superficialidade, a essência com a imagem, o interior com o exterior....Ler estas palavras e ecoar o seu sentido na nossa essência.... Sim, fazem sentido, mas as palavras desprovidas de sentimento e acção são apenas meras palavras, poesia agradável ao ouvido. De que vale sentirmos pena de nós próprios e não fazer nada para mudar a nossa realidade, ou simplesmente a nossa ilusão? Porque é que não temos coragem para mudar? Porque é que acumulamos frustração e raiva no nosso corpo, carregando-o como um explosivo, uma bomba-relógio que a qualquer hora pode explodir e rebentar? Porque preferimos seguir inertes na inconsciência colectiva quando podemos começar a trabalhar a nossa consciência? De onde julgamos nós que a posteriori surgem as doenças do corpo, senão antes criadas no nosso próprio campo energético, mente e realidade? A sua manifestação física é apenas um espelho, um mero reflexo de algo que já lá está.Às vezes olho, escuto e sinto pessoas que se sentem infelizes há muitos e muitos anos. Vivem na tristeza com vislumbres de momentos felizes, alienadas à anos, culpando-se e vitimizando a sua vida e condição num padrão do qual criam e recriam sem se aperceber que são os autores da sua própria história. Querem alterar o rumo mas são impotentes na hora de mudar. Caem em padrões, vivências, dos quais não se conseguem libertar com medo do passo incerto, da escuridão sem luz que guie o caminho, do desconhecido, da instabilidade, da insegurança, da incerteza do amanhã. E que libertador é confiar na incerteza do amanhã, na harmonia da Natureza... Aprisionados na sua auto- prisão, o enclausuramento dos seus pensamentos que com o tempo cristalizam em realidade, vão enfraquecendo a sua energia cada vez mais. Como uma árvore que começa a secar, uma planta que murcha e apaga a sua vitalidade. Sem água secamos....Neste mundo tudo é energia mas muitos de nós não conseguem ter percepção disso, muitos menos a percepção vivencial, a experiência de um mundo sempre presente mas ausente ao olhar opaco, sem brilho, ao coração fechado e à mente demasiado activa e ocupada. Perdemos a nossa energia em coisas supérfluas, superficiais, em medos, tensões, pensamentos e actos negativos, sugamos energia aos outros sem disso termos consciência, alimentamo-nos dela. Não vemos nem sentimos a energia porque vivemos a superficialidade, a máscara que encobre a nossa verdadeira e pura natureza. E assim vamos seguindo cada dia, num entorpecimento que nos corrói por dentro, que nos encolhe e enfraquece, que nos apaga.Seria tão bom se todos pudéssemos compreender o quanto o rumo das nossas vidas está nas nossas mãos. Se todos quiséssemos desenvolver a nossa consciência e o coração, abrirmo-nos ao mundo e não termos medo de simplesmente ser quem somos. Mas a verdade é que não é assim que as coisas se passam, e aqui temos de confiar que cada um de nós está no seu processo inerente, no seu caminho perfeito, no seu passo delicado. Apesar disso, somos um Todo orgânico, mesmo que não o sintamos e estejamos desconectados de tal unidade. Tratar de nós é tratar do todo, da mesma maneira que quando nos sentimos doentes com a perna a doer e o corpo cansado, tratamos local e globalmente o corpo na sua totalidade. Por vezes custa aceitar o sofrimento de alguém que nos é muito próximo, mas temos de confiar, de aceitar a perfeição de cada coisa no seu lugar, cada peça encaixada no seu momento, num eterno fluir sem paragens ou interrupções. E depois haverá algum caminho mais curto ou certeiro que outro? Haverá alguma verdade verdadeira? Quem somos nós para o saber... podemos encaminhar, podemos apoiar, suportar, ajudar, mas não podemos ver, sentir, escutar, cheirar pelo Outro. O que sim podemos ter sempre é uma fé inabalável e uma confiança montanhosa nesta contínua existência que decorre naturalmente, como um rio que eventualmente desagua no oceano. E todos os rios, riachos, todas as gotas, encontram o seu caminho até à grande, plena vastidão azul do Oceano....“Não poderemos ser felizes se preferirmos as ilusões à realidade. A realidade não é boa nem má. As coisas são como são e não como preferíamos que fossem. Compreendê-lo e aceitá-lo é uma das chaves da felicidade.”


In “108 Pérolas de Sabedoria para atingir a Serenidade”, Dalai Lama
Nova menina dos meus olhos!!!







Next weekend trip:



Peniche!!

sexta-feira, outubro 03, 2008

Olha quem é ele...




quinta-feira, outubro 02, 2008

Impressionante...